Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, abril 30, 2003

[7/15/2002 9:58:35 PM | Vicente Magno]
A volta
Pra sair do parque onde estavam rolando as paradas me perdi. Óbvio. Uma neblina cerradíssima e um bosque. Me perdi, com muito orgulho, com muito amor, ô, ô, ô. Quando me deparei com uma maternidade percebi não sairiam ônibus de Recife dali. Procurei voltar o caminho que fiz e acertei. Peguei um opção diagonal. Deu certo. Cheguei com uma precisão garanhunsiense (é assim o gentílico de quem nasce lá?). Comprei a ÙLTIMA passagem para o ônibus das 6h30 que partia para o Recife. A última sentada, diga-se de passagem, pq meio mundo entrou naquele ônibus.Todo mundo em pé. Claro que os camelôs aparecem pra vender sanduíche natural e queijo coalho dentro do carro. Detalhe: Por obra divina o preço da passagem de volta era R$4 mais barato que a vinda. Perfeito. Ia dar pra chegar me casa! Já cansado peguei o ônibus de volta, dormindo como sempre, mas agora com Paulinho da Viola nos ouvidos. Enquanto a ida foi de 3h30 a volta foi 4h. O bunda-rachada do motorista passou por mais cidades ainda que na ida. Foi bom pra dormir. No TIP outra vez liguei pra Luciana, que tinha acabado de chegar a Maceió. Disse a ela “P q tu não me ligou?”. “Poxa, Vicente, os telefones não completavam ligação nenhuma”, respondeu. Td bem, acredito. Ela tem crédito. Mesmo assim valeu. Aí já era merreca: um metrô e dois ônibus. Merreca pra mim depois dessa noite. Ainda cheguei em casa e fui comer fora com Marcelo e Iara. Preciso de mais sábado assim por aqui.