O drama do desfile
Já na concentração fomos pondo as peças que faltavam. Como é difícil entrar pela Presidente Vargas pra armação das escolas. Todos com roupas grandes, muito grandes. Ombros que se batem, esplendores que passam na sua cara. É desconfortável, é verdade. O barato de passar o perrengue é a emoção em estar desfilando na sua escola, passando por aquela rua naquele rio de energia que corta o Centro da cidade do Rio de Janeiro.
A escola estava linda, dava gosto ver. Enchia de esperança o torcedor, já que a Mocidade anda na parte debaixo da tabela de classificação há quatro anos.
Armou-se o circo, soltaram os fogos, a bateria de mestre Jonas começou a mandar ver, Bruno Ribas começou a cantar e vlau. Tava lá a Mocidade desfilando. Foi começar a caminhar que o peso da fantasia gritou. O esplendor puxava minha ombreira pra trás. O q isso quer dizer? Quer dizer que eu estava sendo enforcado pela minha fantasia de “Proletário Andróide”.
Pior. Eu que sambo até morrer mal conseguia me movimentar. Não conseguia cantar o samba. Estava me sentindo preso. Quando cheguei até o meio do desfile deu uma angústia, uma vontade de sair dali. De jogar tudo no chão e ir embora. Um camarada estava perto de mim na ala, deu força pra eu continuar, já que tava parado, sem gás. Estava triste. Uma situação que nunca imaginei: estar triste durante um desfile de escola de samba. Triste pela impotência de sambar, de cantar, de curtir aquele momento que é extremamente narcisista. Ou alguém duvida que um dos baratos de desfilar é se curtir fazendo parte da grande festa carnavalesca carioca?
Vi minha ala e a ala da frente marchando. Marchando como soldados em uma parada militar. Que ódio em ter vivido isso. Ao fim do desfile estava possesso com o fracasso da apresentação, ao menos a meu ver. Pois é,o resultado posterior mostrado pelos jurados foi confirmou minha angústia. Passamos mal.
Já na concentração fomos pondo as peças que faltavam. Como é difícil entrar pela Presidente Vargas pra armação das escolas. Todos com roupas grandes, muito grandes. Ombros que se batem, esplendores que passam na sua cara. É desconfortável, é verdade. O barato de passar o perrengue é a emoção em estar desfilando na sua escola, passando por aquela rua naquele rio de energia que corta o Centro da cidade do Rio de Janeiro.
A escola estava linda, dava gosto ver. Enchia de esperança o torcedor, já que a Mocidade anda na parte debaixo da tabela de classificação há quatro anos.
Armou-se o circo, soltaram os fogos, a bateria de mestre Jonas começou a mandar ver, Bruno Ribas começou a cantar e vlau. Tava lá a Mocidade desfilando. Foi começar a caminhar que o peso da fantasia gritou. O esplendor puxava minha ombreira pra trás. O q isso quer dizer? Quer dizer que eu estava sendo enforcado pela minha fantasia de “Proletário Andróide”.
Pior. Eu que sambo até morrer mal conseguia me movimentar. Não conseguia cantar o samba. Estava me sentindo preso. Quando cheguei até o meio do desfile deu uma angústia, uma vontade de sair dali. De jogar tudo no chão e ir embora. Um camarada estava perto de mim na ala, deu força pra eu continuar, já que tava parado, sem gás. Estava triste. Uma situação que nunca imaginei: estar triste durante um desfile de escola de samba. Triste pela impotência de sambar, de cantar, de curtir aquele momento que é extremamente narcisista. Ou alguém duvida que um dos baratos de desfilar é se curtir fazendo parte da grande festa carnavalesca carioca?
Vi minha ala e a ala da frente marchando. Marchando como soldados em uma parada militar. Que ódio em ter vivido isso. Ao fim do desfile estava possesso com o fracasso da apresentação, ao menos a meu ver. Pois é,o resultado posterior mostrado pelos jurados foi confirmou minha angústia. Passamos mal.
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