Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

O drama da fantasia

Torcedor e componente da Mocidade Independente de Padre Miguel, separei meu domingo pra pegar a fantasia. Rezava a lenda, que já estaria pronta desde a sexta-feira de carnaval. Não estava. Nova previsão, no sábado. Mas também não estava. Bom, restou só o domingo, dia do desfile. Passei o dia ensaiando pra ir na casa dos presidentes da ala catar o que era meu, né. Já tava com ela toda paga.

Chegando ao local um susto. As fantasias estavam sendo finalizadas. Ah, fala sério. Como uma escola como a Mocidade deixa isso acontecer? Fui lá, desenrolei com o presidente da ala. A sensação de “não vai dar tempo” me deixou amedrontado. Esperei um período maior do que eu gostaria, peguei minha fantasia e corri pro Centro. Me vestiria na casa de Quéli Cachorra e seus argentinos.

Os hermanos até se divertiram comigo me vestindo. Malha, botas prateadas, ombreira e um tipo de colete que fazia lembrar o dorso de um robô. Ah, mas não era só isso. Havia também o capacete ao estilo Robocop e o esplendor (aquele bagulho com as penas que se encaixa na ombreira e fica nas cotas). Fantasia mal acabada, também pudera, naquele corre-corre.