Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, março 20, 2006

Ainda essa semana publico os pôstes do carnaval, mas antes disso queria dexiar aqui uma parada em que andei pensando.

Algumas figuras de fora do Rio vieram perguntar como estava o clima com a ocupação do exército. Ora, estava tudo na mesma. Os milicos subiram morros, não cuidaram do policiamento da cidade. Subiram alguns morros atrás dos tais dez fuzis e da pistola que, disseram, foram roubados.

Só estranhei que um contingente tão grande tenha sido deslocado pra recuperar esse armamento. Se nao me engano foram 1.500 soldados, né? O custo desse deslocamento, contando com transporte, alimentação, alojamento e tudo mais compensa para recuperar as armas?

Bom, seriam cerca de 150 soldados para recuperar cada arma. Uau, o armamento realmente deveria ser importante.

Outra coisa foi o deslocamento das tropas de favela em favela pela cidade. Onde estava a Inteligência do Exército? Deslocar aquele bando de gente atrás das armas da cidade deu a impressao q de q estavam perdidos, podiam até nao estar, mas foi o q me pareceu.

Engraçado que repentinamente as supostas armas foram encontradas enterradas nos arredores da Rocinha. Curioso detalhe é que o Exército havia passado longe desse morro, foi lá só pra buscar? Engraçado tb que o armamento estava enferrujado...

Sei la', mas me parece q falta alguma coisa nessa história.

E nem adianta perguntar se achei legal ter os caras pela cidade, função do Exército é cuidando da Segurança Nacional, patrulhamento ostensivo é coisa da Polícia Militar.

Ainda considero tudo muito estranho, muito confuso e nada justificável.