Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Um domingo estranho e pesado

Na tarde de ontem uma bomba surgiu. É sabido q no subúrbio (e nas cidades de interior) alguns vizinhos meio q fazem parte da nossa família. E uma das vizinhas tias, mais tias q alguns tias de verdade, veio ontem até aqui com os olhos injetados, tensa. Um sobrinho seu, q conheci ainda criança, havia sofrido um acidente no Vale do Paraíba, em Jacareí, quando dirigia na Dutra. O hospital nao dava informaçao por telefone.

Achei o número de lá e liguei, disseram q o rapaz realmente havia sido internado e mais nada. O q fazer diante disso? Zarpar pra lá. Fomos Dona Glória, a vizinha-tia ou tia-vizinha, o irmao do acidentado e sua esposa.

Foram quatro horas varado, rasgando pela Dutra até chegar lá, uma cidade vizinha a Sao José dos Campos. Pros paulistanos, é a anterior a São José. Pra gente, é a cidade seguinte. Só às 23h30 chegamos lá. Achamos o hospital e tivemos a confirmação de que seu estado é muito ruim, muito delicado.

Ele dormiu no volante. Bateu com a cabeça. Fiquei tenso, muito tenso. Imagino a tia e o irmão...

Diante do quadro e com alguma informaçao, voltamos ao Rio. Mais Dutra pra percorrer. Dessa vez, na direçao do Rio de Janeiro. Só q em Volta Redonda joguei a toalha. Nao tava lá pra causar acidente, já tinha vítima demais na noite. Dona Glória assumiu. Resultado: chegamos em casa hoje às 5h. Foi puxado. Mas mais puxado é para a tia e para o irmao. Voltam pra lá na madrugada de hoje pra manha. Q Deus os guarde e que notícias melhores cheguem.