Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, julho 31, 2003

Tava lendo a entrevista que Hobsbawn deu ao O Globo, intitulada 'Cedo para se desperar', numa alusão as críticas feitas ao Governo Lula.

No finzinho, a última pergunta e a última resposta convergiram pra algo que acredito há muito, muito tempo. Fico fulo quando alguém diz "mas nos Estados Unidos funciona assim". Morra-se que funciona assim, esse país aqui tem sua história própria, suas referências culturais próprias, não tem que ficar se espelhando no outro. O que pode ser bom pra um, nao vai ver necessariamente bom pro outro.

Será que com o pensador gringo falando a gente consegue levar isso mais a sério? Queira Deus.

"Há quem pense que a verdadeira revolução, no Brasil, passa pela cultura.

HOBSBAWM: Faz sentido. O Brasil conseguiu uma matriz autóctone muito forte. Não precisa estar tão submetido ao que vem de fora, o que lhe dá, nesta esfera, uma vantagem sobre muitos países, que deve se aproveitada."