Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, julho 30, 2003


Brazza morreu

O PPS está de luto pela morte, ontem, de Afonso Brazza. Fiquei sabendo há pouco através do meu informante no Planalto Central, Fábio Lino.

Já tinha ouvido falar no cineasta-bombeiro do Gama, no Distrito Federal, mas só esse ano pude ver de perto seu trabalho. O próprio Fábio Lino me apresentou dois filmes de autoria do herói candango. Até postei sobre isso no início do ano após vê-los.

Brazza ganhou minha admiração de cara por algo simples, se tinha um sonho e corria atrás pra fazer. Fez vários e vários filmes com baixíssimos orçamentos. Tudo bem, os filmes eram toscos, com erros grosseiros as vezes e um amadorismo que se esfregava na cara dos espectadores.

Mas ele não tacava pedra nos outros. Ia lá, no braço, e fazia os seus filmes. Tocava o que muita gente tinha vontade de realizar, mas não tinham coragem ou iniciativa. O Brazza, sem largar o Corpo de Bombeiros Militar do DF, levava pra frente seus projetos. Punha sua produção no cinema até, digo, nas telas dos cinemas. Uma vitória pra um bombeiro, produtor-diretor de cinema.


O Correio Braziliense publicou hoje bastante coisa sobre a perda desse ícone candango.