Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

terça-feira, julho 15, 2003



Como tudo parou, nada pode ser viabilizado nessa engrenagem emperrada, venho postar. Lembrei da conversa com companheiro Eduardo durante o almoço.

Tava ele reclamando de um programa antigo da Globo. Demorou a cair a ficha, mas depois lembrei qual era: "Som Brasil". Discordo em todos os sentidos do companheiro, esse era um dos melhores programas qeu a emissora fazia nesse período, acho que dos anos 80 aos 90. O horário era ingrato, tipo 8h da manhã de domingo. Mas sabe como é, eu não encarava a esbórnia naquela época.

Ainda moleque, foi a primeira vez que vi coisas da Cavalhada, do Maracatu Rural, do Reizado, da Viola Caipira (claro, era a especialidade do apresentador), danças gaúchas, paranaenses, amazonenses, manifestações do interior de Minas... foi também o primeiro lugar onde vi a cultura popular fora da que eu conhecia, o carnaval do subúrbio carioca. Era delicioso, eu adorava.

Por muito tempo foi apresentada pelo Rolando Boldrin, nem sei se está vivo ou que fim levou, em outro momento teve a frente o Lima Duarte, mas sempre rolava a música de abertura que lembro até hoje do início: "Peguei a viola, botei na sacola e fui viajar...". O verso continua vivo aqui, pena não ter mais o programa.

Pena tb a marca "Som Brasil" ter sido usada para aqueles programas de show da emissora, onde juntavam um bando de artista pop num palco enorme, numa casa de shows tb enorme e gravavam as apresentações para fazer programas de tevê. Acho que ao menos o nome poderia ter sido preservado.