Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, maio 07, 2003

Teoria do Zé Maria

Eu acredito no seguinte, quando tá na hora, não adianta onde quer que se esteja, Zé Maria vai buscar é, ó, babau. Pra se despedir do indivíduo, só no velório. Pode ser quando menos se esperar, se o nomezinho estiver na lista... não adianta correr, rezar ou esperniar. Zé Maria vai buscar e levar consigo.

Diante de vários acontecimentos, essa minha toria só é reforçada. Por exemplo, na semana passada um conhecido, cara que cresceu comigo em Bangu, quase morreu. Mas não morreu e me fez acreditar mais ainda na teoria.

A história é trágica e curiosa. Há alguns dias o Carrefour de Guadalupe foi assalto justo quando um carro-forte havia encostado. Os assaltantes estava escondidos dentro do mercado e mataram todos os seguranças. Pois bem, um dos seguranças deveria ser o meu conhecido.

Justo naquele dia ele dormiu demais, perdeu a hora do trabalho e foi subustituído na equipe que faria a entrega. Quem diria que um atraso salvaria sua vida... não tava na lista de Zé Maria e foi tirado da situação. Seu subsituto, coitado, não está mais no mundo dos vivos.

Fora isso, outras várias situações me fizeram pensar assim e até algumas coisas ocorridas comigo. Mas depois eu relato essas coisas.