Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

terça-feira, maio 13, 2003

Negro brasileiro

E por conta disso também questiono o tal referencial afro-brasileiro. Questiono pelo seguinte, a cultura negra brasileira (após quase 500 anos) se adaptou a terra, ganhou cara própria. Nesse caso também vale a historia do ‘aqui se plantando, tudo dá’. Quero ver quantos dos ativistas do movimento negro tem na linhagem um antepassado africano próximo. Na minha humilde concepção, somos negros brasileiros. Essa coisa de afro-brasileiro é caô.

Segundo o povo do movimento negro (e é bom que fique claro que não tenho nada contra, somente contra a classificação adotada), um indivíduo afro-brasileiro vem da sua própria consciência e aceitação da sua condição negra. Hmmm...

Pior, soa sectário aos meus ouvidos, como se não tivéssemos a ver intimamente com a cultura desse país. Logo a cultura negra que ajudou e ajuda a caracterizar esse povo em todos os sentidos possíveis.