Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, maio 12, 2003

Dia das mães no subúrbio

Foi de impressionar a quantidade daqueles carros estranhíssimos e coloridos com pinturas e frases e flores andando pelos arredores. Inúmeros dos famigerados carros que levam mensagens ao vivo e, ao meu ver, proporcionam os maiores micos da atualidade. Tive a oportunidade de ver vários deles parados, com pessoas portando flores em um das mãos e um microfone na outra e uma música melosa em altíssimo volume fazendo fundo. Parecia existir um script pra isso. Micos assim por várias e várias calçadas. O público, claro, era formado pela respectiva mãe, seus familiares e alguns vizinhos abelhudos que sempre estão presentes nessa horas.

Eu me impressiono com isso as vezes, mas confesso que gosto de assistir. Mesmo sendo algo horroroso aos meus olhos, é encarado como agradável, emocionante e representativo pra boa parte das pessoas que 'encomendam' o serviço. É uma estética diferente da que eu me acostumei, mas existe e bem pertinho de mim. Salve o subúrbio e sua emotividade sem preconceito.