Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, março 20, 2003

Guerra ao vivo?

Guerra já é um absurdo por si só. Mas imagina ter que aturar uma guerra transmitida ao vivo? Tá, a Guerra do Golfo tb foi, mas naquela época dava a impressão que tava rolando um joguinho de 'Space Invaders', aquele do Atari, em que se tem que atirar nos ET's caindo do céu.

Essa noite, quando tava lá eu vendo o primeiro jogo da final do estadual, secando o vasco e esperando um gol de empate do time de D. Glória... entra, ao vivo de Bagdá, um imagem estática com barulhos ao fundo. Disseram que esses barulhos eram sons das baterias anti-aéreas iraquianas. Foi uma das piores coisas que já vi na televisão, aquela estranha espera pra que uma bomba explodisse bem na frente da câmera.

Além de terem cortado o meu jogo de futebol, os furingudos querem imagens de uma guerra dentro da minha casa ao vivo?! Não sei se quero esse tipo de espetáculo, mesmo porque guerra é algo que vem carregado de um peso tão grande de crueldade e brutalidade. Eita mídia cruel.


Olha o que a CNN levou ao ar. Será que é pra ser um espetáculo ou algum tipo de reality show mais forte?