Post Santa Cruz
Vovô e vovó (pais da D. Glória) são crias do bairro de Santa Cruz, no extremo oeste da cidade do Rio de Janeiro. O extremo oeste é tamanho que o tal bairro fica, acredito eu, a uns 60 e tantos quilômetros do Centro da cidade. Pois bem, nesse bairro - que fazia parte de uma fazenda de jesuítas, vide o nome religioso - nasceu, em 1959 a Acadêmicos de Santa Cruz, onde Seu Roberto, meu avô, chegou a dar o suor no barracão confeccionando carros alegóricos para a escola. Parece bobeira, mas por conta disso - e das cores verde e braco (como a Mocidade) e a localização (Santa Cruz, na Zona Oeste pouco freqüentada por quem não mora por lá) - acabei separando um espaço do coração pra escola.
O primeiro desfile que assisti à vera, foi em 1989, quando a escola homenageou Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, quando até decorei o samba-enredo. No ano seguinte, assisti seu primeiro desfile no Grupo Especial com a homenagem ao povo do Pasquim, os Heróis da Resistência, e até o avô do Kheiron Jóphilo (furingudo que me deve uma corrida de táxi quando trabalhamos na eleição e não vou esquecer tão cedo), Mário Lago foi enrendo, ainda vivo, em 2001. Esse ano, a escola volta ao Grupo Especial, onde desfilou pela última vez em 1997 e espero que não se dê mal e caia, como acaba fazendo ao disputar com agremiações que contam com mais recursos. O enredo fala sobre o teatro, que mal ou bem rende bastante material: Do Universo Teatral à Ribalta do Carnaval.
Mas a maior vitória da escola nesse ano é ter garantido o direito de desfilar no Grupo Especial após nove meses de disputas judiciais com a Vila Isabel. No carnaval do ano passado uma jurada cometeu uma enorme cagada, trocando as notas da Vila com, se nao me engano, a União da Ilha, resultado: prejudicou a Vila. Só que na soma final quem acabou vencendo foi a Santa Cruz, primeiro lugar graças a falha de uma pessoa específica, que só percebeu o erro algum tempo após o resultado oficial ter sido anunciado.
Só que após o anúncio a tal juíza deu com a língua nos dentes, dizendo que houve a troca de notas. Mas o que fazer nesse caso se o resultado já foi anunciado? Podiam dar o título para as duas, mas havia a corrente que queria punir a Santa Cruz, o que seria cruelmente injusto e me incomodava profundamente ouvir de várias pessoas que seria mais justo dar o título à Vila, pq era a escola do bairro de Noel Rosa e tal e nunca tinha ido à Santa Cruz. Tenha paciência.... Pois bem, as duas escolas chegaram a um acordo e a Santa Cruz acabou dividindo a grana com a co-irmã da Zona Norte. A Vila acabou acatando o resultado e desfila no sábado, enquanto a Santa Cruz, abre os desfiles da grandes escolas.
PS: Maysão, perdão, mas essa Santa Cruz é a escola de samba do bairro dos meus avós maternos e não o clube mais popular do estado de Pernambuco.
Vovô e vovó (pais da D. Glória) são crias do bairro de Santa Cruz, no extremo oeste da cidade do Rio de Janeiro. O extremo oeste é tamanho que o tal bairro fica, acredito eu, a uns 60 e tantos quilômetros do Centro da cidade. Pois bem, nesse bairro - que fazia parte de uma fazenda de jesuítas, vide o nome religioso - nasceu, em 1959 a Acadêmicos de Santa Cruz, onde Seu Roberto, meu avô, chegou a dar o suor no barracão confeccionando carros alegóricos para a escola. Parece bobeira, mas por conta disso - e das cores verde e braco (como a Mocidade) e a localização (Santa Cruz, na Zona Oeste pouco freqüentada por quem não mora por lá) - acabei separando um espaço do coração pra escola.
O primeiro desfile que assisti à vera, foi em 1989, quando a escola homenageou Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, quando até decorei o samba-enredo. No ano seguinte, assisti seu primeiro desfile no Grupo Especial com a homenagem ao povo do Pasquim, os Heróis da Resistência, e até o avô do Kheiron Jóphilo (furingudo que me deve uma corrida de táxi quando trabalhamos na eleição e não vou esquecer tão cedo), Mário Lago foi enrendo, ainda vivo, em 2001. Esse ano, a escola volta ao Grupo Especial, onde desfilou pela última vez em 1997 e espero que não se dê mal e caia, como acaba fazendo ao disputar com agremiações que contam com mais recursos. O enredo fala sobre o teatro, que mal ou bem rende bastante material: Do Universo Teatral à Ribalta do Carnaval.
Mas a maior vitória da escola nesse ano é ter garantido o direito de desfilar no Grupo Especial após nove meses de disputas judiciais com a Vila Isabel. No carnaval do ano passado uma jurada cometeu uma enorme cagada, trocando as notas da Vila com, se nao me engano, a União da Ilha, resultado: prejudicou a Vila. Só que na soma final quem acabou vencendo foi a Santa Cruz, primeiro lugar graças a falha de uma pessoa específica, que só percebeu o erro algum tempo após o resultado oficial ter sido anunciado.
Só que após o anúncio a tal juíza deu com a língua nos dentes, dizendo que houve a troca de notas. Mas o que fazer nesse caso se o resultado já foi anunciado? Podiam dar o título para as duas, mas havia a corrente que queria punir a Santa Cruz, o que seria cruelmente injusto e me incomodava profundamente ouvir de várias pessoas que seria mais justo dar o título à Vila, pq era a escola do bairro de Noel Rosa e tal e nunca tinha ido à Santa Cruz. Tenha paciência.... Pois bem, as duas escolas chegaram a um acordo e a Santa Cruz acabou dividindo a grana com a co-irmã da Zona Norte. A Vila acabou acatando o resultado e desfila no sábado, enquanto a Santa Cruz, abre os desfiles da grandes escolas.
PS: Maysão, perdão, mas essa Santa Cruz é a escola de samba do bairro dos meus avós maternos e não o clube mais popular do estado de Pernambuco.
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