Porque eu acho o diploma de jornalista necessário
Acabo de ler no Comunique-se que mais uma vez a juíza Carla Rister, da 16ª Vara Cível de São Paulo, mandou o nosso diploma de jornalista pra cucuia alegando que se deve ter liberdade de expressão. Peraí, cara, nao é assim. Acho engraçado que todo mundo acha fácil ser jornalista, acha que é só sentar, escrever o que quiser e pronto. Sempre citam que nos Estados Unidos ou França não existem cursos de graduação em Jornalismo, mas só de pós. E daí, meu Deus, lá a realidade educacional é totalmente diferente daqui.
A juíza não viu que detonar a obrigatoriedade da formação é voltar atrás. Se nao, é olhar o porquê da criação do curso, houve demanda, uma necessidade pra isso. E nao penso na defesa do diploma como uma forma de defesa do mercado, como provavelmente até alguém pode pensar, mas como uma forma de defender a coisa feita com decência.
Ou anos atrás, quando nao existia necessidade do diploma o jornalismo era melhor ou pior? Pior, é só olhar os jornais nos arquivos e comparar. Quem achar eus os do tempo do ronca são melhor apurados e redigidos que fale. Mas quero que fale alto.
Pra ser jornalista é necessário ter um visão no mínimo crítica dessa josta da sociedade em que a gente vive, é preciso saber olhar, pensar e tratar a informação. Existem aqueles que acham que só um cursinho profissionalizante resolveria o caso, o que é leviano demais e acabaria nivelando por baixo as redações.
Vi algo curioso anos atrás quando fiz um curso de especialização dado pelo Dia e pela Faculdade da Cidade, inicialmente ele era aberto a qq pessoa que tivesse interesse na área jornalística, mas viu-se logo que nao funcionou, que nao é assim que a banda toca. Essas pessoas, fora da área jornalística e que entraram, nao levaram o curso à frente, nao tinham conhecimento pra tocar a coisa, tanto que na segunda versão esse mesmo curso já era fechado para profissionais formados em Comunicação e bacharéis em jornalismo.
A discussão pode ir mais abaixo e chegar no nível universitário, da formação mesmo. O que se pode dizer é que existem faculdaes além da conta hoje em dia e, por conta desse excesso de oferta, nem todoas podem ou conseguem dar uma formação adequada àqueles que entram nela querendo um diploma ou se tornar um profissional de Comunicação. Muita gente sai sem qq condição de trabalhar em meios de imprensa ou assessorias ou produtoras ou sei lá o quê dessas escolas, esse pode ser um dos motivos que levaram a juíza a detonar nosso diploma, mas isso é algo que se resolve com qualidade de ensino.
Também anos atrás, e nao sao tantos assim, pq me formei há cinco anos, fiz movimento estudantil onde a gente já falava disso, de melhorar as condiçoes de ensino, de melhorar os currículos de melhor adequá-los ao que se faz no cotidiano. Mas o curso é tão rápido, é tão nas coxas que pode passar em branco pra muita gente, como eu acabei vendo passar.
Bom, espero que a Fenaj corra atrás disso pra resolver o caso e defender a nossa formação. Tô postando embaixo a nota divulgada pela federação sobre o caso.
É isso.
Acabo de ler no Comunique-se que mais uma vez a juíza Carla Rister, da 16ª Vara Cível de São Paulo, mandou o nosso diploma de jornalista pra cucuia alegando que se deve ter liberdade de expressão. Peraí, cara, nao é assim. Acho engraçado que todo mundo acha fácil ser jornalista, acha que é só sentar, escrever o que quiser e pronto. Sempre citam que nos Estados Unidos ou França não existem cursos de graduação em Jornalismo, mas só de pós. E daí, meu Deus, lá a realidade educacional é totalmente diferente daqui.
A juíza não viu que detonar a obrigatoriedade da formação é voltar atrás. Se nao, é olhar o porquê da criação do curso, houve demanda, uma necessidade pra isso. E nao penso na defesa do diploma como uma forma de defesa do mercado, como provavelmente até alguém pode pensar, mas como uma forma de defender a coisa feita com decência.
Ou anos atrás, quando nao existia necessidade do diploma o jornalismo era melhor ou pior? Pior, é só olhar os jornais nos arquivos e comparar. Quem achar eus os do tempo do ronca são melhor apurados e redigidos que fale. Mas quero que fale alto.
Pra ser jornalista é necessário ter um visão no mínimo crítica dessa josta da sociedade em que a gente vive, é preciso saber olhar, pensar e tratar a informação. Existem aqueles que acham que só um cursinho profissionalizante resolveria o caso, o que é leviano demais e acabaria nivelando por baixo as redações.
Vi algo curioso anos atrás quando fiz um curso de especialização dado pelo Dia e pela Faculdade da Cidade, inicialmente ele era aberto a qq pessoa que tivesse interesse na área jornalística, mas viu-se logo que nao funcionou, que nao é assim que a banda toca. Essas pessoas, fora da área jornalística e que entraram, nao levaram o curso à frente, nao tinham conhecimento pra tocar a coisa, tanto que na segunda versão esse mesmo curso já era fechado para profissionais formados em Comunicação e bacharéis em jornalismo.
A discussão pode ir mais abaixo e chegar no nível universitário, da formação mesmo. O que se pode dizer é que existem faculdaes além da conta hoje em dia e, por conta desse excesso de oferta, nem todoas podem ou conseguem dar uma formação adequada àqueles que entram nela querendo um diploma ou se tornar um profissional de Comunicação. Muita gente sai sem qq condição de trabalhar em meios de imprensa ou assessorias ou produtoras ou sei lá o quê dessas escolas, esse pode ser um dos motivos que levaram a juíza a detonar nosso diploma, mas isso é algo que se resolve com qualidade de ensino.
Também anos atrás, e nao sao tantos assim, pq me formei há cinco anos, fiz movimento estudantil onde a gente já falava disso, de melhorar as condiçoes de ensino, de melhorar os currículos de melhor adequá-los ao que se faz no cotidiano. Mas o curso é tão rápido, é tão nas coxas que pode passar em branco pra muita gente, como eu acabei vendo passar.
Bom, espero que a Fenaj corra atrás disso pra resolver o caso e defender a nossa formação. Tô postando embaixo a nota divulgada pela federação sobre o caso.
É isso.
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