Um ceguinho na rua
Outro dia, de manhã bem cedo, voltava eu da academia. Chegando à esquina da minha rua um ceguinho estava com sua bengala batendo nos canteiros, procurando um caminho sem obstáculos. Achei que seria oportuno perguntar se queria ajuda para atravessar a rua. Falei com ele de auxiliá-lo a atravessar a via até pela faixa de pedestres e tal.
Dispus o braço esquerdo pra que segurasse e eu guiasse sua caminhada. Ele disse que ia até o metrô, mas eu ficaria ali mesmo pela esquina, ainda iria pra casa tomar banho e tal. Pudera, estava suado, recém saído da academia. E, para minha surpresa, além de ceguinho o sujeito também era pidão.
- O senhor não pode me ajudar com dois reais pra eu poder pegar o metrô?, disse ele.
Como estava sem carteira, não havia perigo de sacar uma notinha azul e entregar a ele. Será que o ceguinho não sentiu o cheio do suor do mané aqui? Eu, hein. É a velha história de que você dá a mão e o sujeito pede o braço. Ah, ceguinho....
Outro dia, de manhã bem cedo, voltava eu da academia. Chegando à esquina da minha rua um ceguinho estava com sua bengala batendo nos canteiros, procurando um caminho sem obstáculos. Achei que seria oportuno perguntar se queria ajuda para atravessar a rua. Falei com ele de auxiliá-lo a atravessar a via até pela faixa de pedestres e tal.
Dispus o braço esquerdo pra que segurasse e eu guiasse sua caminhada. Ele disse que ia até o metrô, mas eu ficaria ali mesmo pela esquina, ainda iria pra casa tomar banho e tal. Pudera, estava suado, recém saído da academia. E, para minha surpresa, além de ceguinho o sujeito também era pidão.
- O senhor não pode me ajudar com dois reais pra eu poder pegar o metrô?, disse ele.
Como estava sem carteira, não havia perigo de sacar uma notinha azul e entregar a ele. Será que o ceguinho não sentiu o cheio do suor do mané aqui? Eu, hein. É a velha história de que você dá a mão e o sujeito pede o braço. Ah, ceguinho....
<< Home