Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, outubro 05, 2007

“Aê!!! Vai sair sem pagar!!! Vai sair sem pagar!!!”. Ao ouvir tão singela frase olhei pra trás. Um senhor já bem senhor gritava, entendi que estava tirando uma de flanelinha. Mas o tipo era interessante, negro, com uma bermudinha preta até o meio das canelas e sapatos brancos. Uau. Mirei melhor o sujeito e vi que era realmente um personagem. Vestia uma bela camisa da Mocidade Independente, nossa escola de samba, com o desenho do enredo do carnaval desse ano e onde se lia DIRETORIA em letras bem grandes. Ah, e na cabeça aquele boné antigo, bem antigo, branco, muito branco compunha o clássico visual do malandro.

E a idéia do cara de tentar constranger o outro gritando pra todos ouvirem que não ia lhe dar um qualquer na saída do carro. Haha. Ah, a malandragem à moda antiga ainda existe...