Mídia e sambistas
Há uns dias assisti no cinema “Cartola – música para os olhos”, documentários sobre o compositor mangueirense feito por Lírio Ferreira e Hilton Lacerda. Já vi coisas de Lírio e gostei, numa primeira varredura de cabeça não lembro agora do Hilton. Pois bem, não gostei do filme, achei monótono, arrastado. Tanto que, digo com vergonha, cochilei duas vezes. Tá, tá bom, eu vinha de uma semana puxada, mas a última vez que dormi no cinema foi em “A época da inocência”, acho que do Scorcese, e isso há mais de dez anos.
Pois bem, a impressão que tive foi de algo confuso, feito até com algum deslumbre a cerca do festejado compositor. Cheguei a comentar com Guto, camarada sangue-bão, sobre o filme. Ele discordou, acho o documentário bacana. Viva a democracia! Vamos ver se ele comenta rebatendo o que penso.
Aí, com o filme na cabeça, e a informação que um componente da velha da Mocidade faleceu há pouco, veio outra discussão em mente. O documentário mostrou muito um Cartola absolutamente midiático. Conhecido e querido de formadores de opinião, com entrada facilitada em jornais, revistas, programas de tevê e tudo mais. Será que ele seria tão grande se não fosse tão chegado à mídia? Não nego seu valor, de forma alguma, seria uma heresia fazer isso, mas particularmente gosto mais do Candeia, o compositor portelense que tinha uma veia mais política. Pena não ser tão da mídia quanto Cartola.
Como quem não quer nada acabei transportando essa realidade pra minha valorosa escola, a Mocidade Independente de Padre Miguel. No fim do ano passado, faleceu Toco, compositor com mais vitórias na minha querida verde e branco. Toco nunca gravou um CD com suas músicas, não existe registros – ao menos não conheço – dele cantando suas obras, não foi a jornais, não foi a programas de tevê. A idéia não é fazer uma comparação entre sua obra e a de Cartola, mas será que nosso compositor não teria deixado de ser patrimônio só da Mocidade se tivesse aparecido mais nos meios de comunicação? Será que se tivesse esse espaço não teria se transformado em patrimônio do samba e da cultura carioca? Não que não seja hoje em dia, mas seu nome e obra não são conhecidos.
Sei lá, apenas pensamentos soltos desse blogueiro que sentiu necessidade de registrar isso.
E a vida segue.
Há uns dias assisti no cinema “Cartola – música para os olhos”, documentários sobre o compositor mangueirense feito por Lírio Ferreira e Hilton Lacerda. Já vi coisas de Lírio e gostei, numa primeira varredura de cabeça não lembro agora do Hilton. Pois bem, não gostei do filme, achei monótono, arrastado. Tanto que, digo com vergonha, cochilei duas vezes. Tá, tá bom, eu vinha de uma semana puxada, mas a última vez que dormi no cinema foi em “A época da inocência”, acho que do Scorcese, e isso há mais de dez anos.
Pois bem, a impressão que tive foi de algo confuso, feito até com algum deslumbre a cerca do festejado compositor. Cheguei a comentar com Guto, camarada sangue-bão, sobre o filme. Ele discordou, acho o documentário bacana. Viva a democracia! Vamos ver se ele comenta rebatendo o que penso.
Aí, com o filme na cabeça, e a informação que um componente da velha da Mocidade faleceu há pouco, veio outra discussão em mente. O documentário mostrou muito um Cartola absolutamente midiático. Conhecido e querido de formadores de opinião, com entrada facilitada em jornais, revistas, programas de tevê e tudo mais. Será que ele seria tão grande se não fosse tão chegado à mídia? Não nego seu valor, de forma alguma, seria uma heresia fazer isso, mas particularmente gosto mais do Candeia, o compositor portelense que tinha uma veia mais política. Pena não ser tão da mídia quanto Cartola.
Como quem não quer nada acabei transportando essa realidade pra minha valorosa escola, a Mocidade Independente de Padre Miguel. No fim do ano passado, faleceu Toco, compositor com mais vitórias na minha querida verde e branco. Toco nunca gravou um CD com suas músicas, não existe registros – ao menos não conheço – dele cantando suas obras, não foi a jornais, não foi a programas de tevê. A idéia não é fazer uma comparação entre sua obra e a de Cartola, mas será que nosso compositor não teria deixado de ser patrimônio só da Mocidade se tivesse aparecido mais nos meios de comunicação? Será que se tivesse esse espaço não teria se transformado em patrimônio do samba e da cultura carioca? Não que não seja hoje em dia, mas seu nome e obra não são conhecidos.
Sei lá, apenas pensamentos soltos desse blogueiro que sentiu necessidade de registrar isso.
E a vida segue.
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