Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, novembro 13, 2005

Queria escrever sobre o q tem acontecido na França, a tal rebelião das "gangues das periferias" das cidades francesas, mas tô sem saco.

Mas uma coisa me chama atenção. Rola a história de que encontraram blógues e e-mails combinando as manifestações, mas até agora ninguém comentou o que os caras combinam.

Não há o outro lado da história, só a versão oficial do governo francês dando conta das ações dos "vândalos", que são imigrantes e filhos de imigrantes.

Aí eu penso no caso daqui, das favelas e favelados que tb nunca sao ouvidos. Ou melhor, só sao quadno descem o morro e queimam onibus. Nao q eu ache maneiro queimar onibus, mas é um grito de desespero. Infelizmente a classe média só se preocupa em entender como ato de vandalismo, ninguém procura ver o q está pro trás. O traficante? Q seja. E por trás do traficante?

Volto a dizer, tenho medo do cidadão comum carioca pq mais de uma vez já comecei a ouvir em bombardear favela, em remover favela... Sei lá, Carlos Lacerda já fez isso há 40 anos e não houve qq resultado positivo.