Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, outubro 29, 2004

4 – Manhã de sexta-feira. Dá 7h30 e nada de Minduím. Ligo pra ele e ouço: “to com problema no carro, não ta ligando. Dá pra ir pra mim ao posto e trazer um pouco de gasolina”. Ta, achei ridículo o furingudo deixar o carro ter uma pane seca na garagem, mas sendo ele... tudo é possível.
Fui ao posto, levei dois litros pro sujeito q, brilhantemente, havia deixado a lateral do carro muito próxima da parede, o q nos obrigou a pensar numa engenhoca pra por o combustível no tanque. Em tempo, a garagem do mane tem uma subida absurda q não permite a seres humanos normais tirá-lo do lugar com seus simples braços.
Após arrumarmos um funil, colarmos com durex a uma parada q tava na ponta de uma bia e providenciarmos um funil longo , jogamos a gasolina lá dentro. E o carro pegou? Pegou nada. Pegamos Ervilhão mesmo e partimos.