Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

terça-feira, setembro 14, 2004

O q o camelô vendia?
Ontem peguei o Santa Cruz de 18h55. Entenda-se q peguei o trem q parte da Central do Brasil rumo ao terminal de Santa Cruz, cruzando a Zona Oeste do Rio de Janeiro, q sai às 18h55. Na Central não pode, mas é só sair da gare que os ambulantes sacam seus produtos de dentro de bolsas e mochilas e começam a vender.

Ontem, já entre a Vila Militar e Magalhães Bastos entrou um sujeito no vagão onde eu estava com seguinte discurso:
“Tá barato, né? Parece roubado, mas eu não roubei. Peguei do caminhão q virou perto de casa!”. Ah, q bom, né. Não roubou, só saqueou. O pior é que fiquei curioso pra ver o q era. De longe identifiquei um pacote de cor metálica, algo tipo râfous. Não deu trinta segundos o cara tinha vendido tudo. Nem escutei o q era e nem o preço...

Q era aquilo que ele não roubou, mas tava muito barato?!!!