Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, dezembro 04, 2002

Terno, uísque e só felicidade

Acordei hoje extremamente bem. Ainda trajava a calça do termo, camisa e gravata. Ah, e as lentes de contato continuaram nos olhos sem ir pro estojinho devidamente lavadinhas. Onde eu dormi? No sofá, dobrado e sem ser transformado em cama. Acordei com o barulho da faxineira andando pela casa...Tudo porque ontem rolou a festa da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e lá estava eu. Fábio Linux, figuraça e sangue bom, que concorreu a um dos prêmios, fez a benevolência de me dar um convite.

Nicolas, chefe e tb sangue bom, emprestou ao Vicentinho um terno e pronto. Tava eu na fita pra ir à festa. Fomos Clarissa (digo e repito, mulher maravilhosa que muito gosto), Flávia (outra pérrnambucana arretada) e Marcelo (gente boa e quase vizinho). Fiquei feliz por encontrar outras boas almas, o que já me fez garantir um sorriso que duraria até agora.

Já quando entro no lugar vejo, no telão, Carmélio falando sobre o palco. O cara é daqueles que se vc encontrar em qq lugar é garantia boa companhia, acabava de ganhar um prêmio da CNT. Maneiro. Parabéns, parceiro. O nobre coleguinha foi meu companheiro de redação no O Dia, no Rio, há uns pouquíssimos anos.

Outro encontro foi com Iuri, peça difícil de encontrar, mas um cara querido e sempre bom de papo. O furingudo mora pertinho de mim, quase já passei com o carro por cima dele, mas ainda não havia esbarrado com o mané por aqui. Bom, muito bom conversar com cara, trocar impressões sobre a cidade e tal.

E, no fim das contas, quando o jogo já estava ganho de goleada, rola o show: Banda Vitória Régia (aquela do Tim Maia) tocando pra que Luciana Mello, Frejat, Ed Motta, Fernanda Abreu e Jorge Ben cantassem. Salve Jorge! Trocando em miúdos, eu era um criança feliz. Muito feliz. Tô amarradão até agora.

A noite valeu e valeu muito. Me diverti como pensei nunca que fosse conseguir em Brasília.

É isso. Como vivo registrando momentos de pouca felicidade achei justo colocar no PPS algo me deixou bem.

Sinistro é dormir às 4h, acordar às 9h e estar no trabalho às 10h. Mas o guerreiro jamais foge à luta.

Ah, esqueci de dizer que odeio terno e nem trouxe nenhumzinho pra cá. Tava crente que nao ia precisar. Precisei justo pra ir a uma festa... Coisas de Brasília.