Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, novembro 22, 2002

Semana meia bomba

Rolou o dia da consciência negra e não fiz nenhum post, nenhum comentário aqui. Perdi, né. Deixei passar.

A semana foi muito meia bomba, trocentos caras que preciso entrevistar ficaram me cozinhando. Só consegui falar com 30% das pessoas que devia. Odeio isso, mas é vida que segue. Nao consegui agora, mas vou conseguir semana que vem.

Mesmo assim entrei numa de viver de perto a vida social da cidade. Na quarta, fui dar as caras no lançamento do livro do Noblat, o pivô de toda a quizumba no Correio Braziliense. Ele, que fazia oposição aos governador local, o Roriz, foi demitido e no seu lugar, na direçao do jornal, entrou um cara que é aliado ao tal governador do DF. Curioso estar no meio dos jornlistas locais, é um meio bem diferente do carioca. Todos são muito preocupados em estar bem vestidos, todos são muito arrumados, vários e vários de terno. Os coleguinhas cariocas são mais desencanados e descolados... Estava lá eu me sentindo um peixe fora d'água.

No mesmo evento, várias cabeças coroadas do PT tb apareceram. Estavam lá o Genoíno, a Bené até o Magela e alguns personagens da equipe de transiçao. Ver esse povo todo junto deixou clara a importância que a esquerda atribui ao tal que lançava seu livro. Se eu comprei? Claro que nao, durango do jeito que to andando nao ia comprar livro algum. Depois vou pegar emprestado de alguém pra dar uma lida.

Quarta e quinta-feira fui ver qual era o Festival de Cinema... Que parada meia bomba... Fiquei desanimado... A programaçao do festival pareceu ridícula, ou estou errado, ou o tal festival devia ser tido apenas como uma mostra. Pareceu-me algo muito pequeno pro que já ouvi desse festival aqui. Bom, reza a lenda que aquilo é como um ponto de encontro pra esticadas maiores... Eu devo estar muito cru na cidade, pq sempre acabo esticando pro mesmo bar... o Beirute.