Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, janeiro 28, 2010

A vaidade

O Carnaval vai se aproximando e fico vendo os outros e até me olhando no espelho. Por que tanto esforço? Do que vale? Muita gente gasta muito, muita gente esquenta a cabeça, perde momentos de paz e por quê? Pra quê? Por um dos sete pecados capitas... a vaidade.

A vaidade é o que move as escolas de samba do Rio. É a vontade de ser mais bela e mais competente. A vaidade é que move o folião, que quer ter o melhor canto, a melhor fantasia, a melhor bateria, a escola mais bonita.

A vaidade, a nossa vaidade, é tanta que doamos até mais do que gostaríamos para algumas instituições ou mesmo para a festa como um todo. Há quem doe seu tempo com uma habilidade específica, há quem doe trabalho profissional ou mesmo seu tempo de lazer. Por quê? Por conta da vaidade, por saber que fez algo de referência pra festa, por saber que o resultado do seu esforço será visto, será comentado, por esperar palavras elogiosas sobre a beleza, o entrosamento, a criatividade...

Enfim, a imaterial vaidade é o nosso combustível carnavalesco.

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