Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Por quê?

1 - Por que nenhum táxi, numa noite chuvosa de domingo, pára pra mim? Ok, tinha acabado o show da Madonna no Maracanã há coisa de duas horas, eu saía do ensaio técnico da Mocidade na Sapucaí, trajava uma camisa verde-limão com a logo da escola, mas mesmo assim NENHUM táxi parou pro Vicente ali atrás da Praça da Apoteose, na entrada pro Túnel Santa Bárbara.

NENHUM TÁXI! É, devo ter cara de assaltante ou algo que valha.

2 - Viajei a trabalho pra Pernambuco, fiquei num hotel em Boa Viagem, ali em Recife. Descendo no elevador vem um senhora até o Vicente e pergunta: "você toca com a Cládia Leite, né?". E respondo com o maior bom humor do mundo: "não senhora, sou jornalista". E lá foi a senhora com cara de decepção. Haha.

Concluo que tenho cara de bandido ou de músico de banda de axé, ou de samba, ou qualquer grupo onde constumem ver pessoas que julgam tocar tambors e ter aspectos parecidos com o meu.

Será que me permitem "ter cara" de alguma outra coisa? Jornalista, por exemplo?