Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, setembro 12, 2007

Blógue, um pôste estranho pra te manter vivo...

Estava na Central do Brasil nessa tarde, olhava as telas onde apareciam os trens, seus horários de partida e as plataformas.

Procurava algum que viesse para Bangu ou Campo Grande, já que passam pela estação de Guilherme da Silveira. Xingava a mim mesmo mentalmente porque acabava de perder um que saía rumo a Bangu.

Enquanto eu olhava pro alto um sujeito, moleque novo, perto duns 20 anos, tipo "quero ser pleibói", chegou perto e de forma simpática me questionou onde podia pegar o metrô. Apontei as roletas amarelas que dão a impressão de serem moedores de carne, mas são amistosas na verdade. Falei pro maluco que era só passar por, descer a rampinha que estaria do seu lado direito e já chegaria a estação Central do metrô.

Aí, o moleque "quero ser pleibó" olho pra mim com um sorriso de gratidão e mandou na lata: "aí, maneiro o teu cabelo". OK, agradeci, mas ainda não formei opinião sobre esse comentário... Como assim "maneiro o meu cabelo"???

Tá, tá bom, vai pra um ano que não corto, no máximo vou ali no Gilvan (barbeiro e sangue-bom) pra fazer o pé, mas daí me encontrar com um comentário desses na Central do Brasil!? Sei lá, continuo sem opinião.