Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

terça-feira, janeiro 16, 2007

Saga para entregar trabalho

Quarta-feira da semana passada era o prazo final pra entrega de um trabalho do mestrado. O sujeito aqui se preocupou em adiantar as coisas e tal, mas, obviamente deu mole e ficou faltando coisa pra última hora.

Também na semana passada eu ficaria uns dias fora do Rio a trabalho. Iria para um lugar entre Angra e Parati para um evento da empresa. O tal lugar não tinha internet, então era de bom tom que eu finalizasse tudo e enviasse o trabalho por e-mail, a professora havia sugerido isso.
Malandrão que sou não levei o arquivo salvo no meu clássico pen-drive, enviei para mim mesmo por e-mail e levei os últimos ajustes para o trabalho. Só que surtei e mexi um pouco mais do que devia. Escrevi, escrevi, escrevi e tal. Fui salvando a cada alteração pra enviar mais tarde o e-mail completo pra professora.

Ok, tudo terminado. Arquivo salvo. Fechei, abri o e-mail, escrevi mensagem simpática, fui procurar o trabalho e.... e.... e.... onde estava mesmo? Procurei nos últimos arquivos usados. Nada. Procurei na Área de Trabalho. Nada. Fiz busca no computador inteiro. Nada. O arquivo simplesmente não existia.

A sensação de derrota tomou conta da cabeça. Pior é que eu tinha q sair, o carro pra fazer o carreta já esperava há uns bons minutos embaixo. Liguei pros colegas que já estava por lá. Sabia q um laptop estava por lá ao alcance da mão e quis saber se poderia usar, foi-me dito que sim e enchi o peito de esperança.

Algumas horas de pista e lá cheguei, meia hora depois do Centro de Angra dos Reis. Um lugar lindo, mas sem internet. Após preparativos para o dia seguinte tentei conectar. Sem sucesso. A conexão WAP me deixou na mão lindamente. Fiquei até 1h da manhã da quinta-feira pra tentar conectar, pegar a versão incompleta e fazer todas modificações antes de mandar. Não deu. Fracasso cruel.

Eu ia dar uma de joão-sem-braço, só rolou de ir até a base da empresa em Angra na noite da quinta-feira. Estava me preparando pra sentar a bunda lá e ficar até quando fosse necessário.
Abrindo os e-mails que a professora, mais pra um anjo nessa hora, havia dilatado o prazo, era até domingo. SORTE!!!! Daria pra finalizar tudo. Já de volta a casa fui lá sentar a bunda e mandar ver no trabalho. Abri mão de um churrasco do pessoal do trabalho pra dar cabo da parada.

Não enviei no sábado, deixei pra fazer isso no domingo, o último dia. Trabalho salvo na área de trabalho, mas estava com o pen-drive conectado na máquina com uma versão ainda antiga.
Meio da tarde peguei, revisei e mandei bala. Alívio imediato.

Início da noite volto a acessar o e-mail, vejo que tem mensagem da professora. Fui olhar, ela dizendo que recebeu. Aí vi q tinha outra com uma mensagem dizendo que o trabalho estava incompleto, que mais importante que cumprir o prazo era termina-lo. G E L E I. Como assim? O q estava errado?

As mãos suaram e ficaram trêmulas com o susto. Puts, tanto esforço, noites dormindo tarde, a bateção de cabeça durante a semana anterior pra ele estar incompleto?

Fui olhar qual arquivo havia mandado e entendi. Entendi e morri de vergonha. Eu havia anexado a versão que estava no pen-drive, uma versão rascunho.... Muito, mas muito bunda-suja o cara que faz isso. Voltei do susto voraz, peguei o arquivo, escrevi um e-mail pedindo zilhões de desculpas e mandei. Ela confirmou recebimento. Ufa, não tenho como medir o tamanho do alívio definitivo.