Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Após o casório...

Tinha show do Mundo Livre no Marco Zero. Uhu! Td bem, o show começou já 1h. Meu vôo sairia, teoricamente, 5h45. Como rolava carona, haha, às 2h30 já estava no aeroporto. Já torcia para que o check in começasse ali pelas 4h e eu pudesse decolar em paz.

Fui andar pelo reformado aeroporto de Recife e fiquei vendo um monte de passageiros da TAM deitados, tentando dormir. Tive pena deles, passavam um tremendo perrengue para chegar aos seus destinos no dia 24. Eu não imaginava q o próximo seria eu.

Andei, andei, andei, andei. Fiz voltar pelo aeroporto. Fui a um cybercafé, postei. Saí, tomei café, fui para o embarque. Fiquei sentando, andei mais um pouco. Tentei relaxar. Nada. Dormir em um daqueles bancos de aeroporto é uma das missões mais impossíveis q já vi. Não dá jeito, não dá conforto algum. Td bem, isso é feito justamente pro sujeito não ficar tanto tempo ali, não sentir tanto conforto. Mas a situação não precisava ser tão árida. Ver o sol nascer de dentro de um aeroporto é péssimo.

Pior. Não havia livro pra ler, não havia pessoa pra conversar. Havia um estranho sentimento de solidão em um lugar que era tão acéptico, tão limpinho e ironicamente tão cheio de gente.