Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Sangue bão Victor Hugo

O sujeito merece um pôste só pra ele. Ficou meu camarada num carnaval em Olinda. Pois é, em Olinda, em meio a todo o mafuá de um carnaval naquelas ladeiras. Há mais de dois mil quilômetros do Rio. Ficamos na mesma casa, lembro q foi organizada pelo falecido Osmar. Tinha uma galera do Ceará, dentre eles o sangue bão citado, uns figuras cariocas e eu, um, digamos, folião sem galera, um idependente.

Victor Hugo é um quase-irmão. Impressiona a afinade na origem, visão de mundo e tudo mais. Eis que o cearense sangue bão virou funcionário público em Alagoas e na qualidade de abusadao, haha, fui lá. Já fui duas vezes. Uma quando ainda morava em Recife e estava há... quatro anos sem ver o camarada. E outra agora, já de volta e, sei lá, acho q há três anos sem encontrar o cara.

E mesmo sem ver os meus cornos o sujeito aqui ele abre seu apartamento, deixa a chave comigo e vai trabalhar. Pena q o mané tava trabalhando, mas deu pra discutir política, cultura, Brasil, futebol e tudo mais. Será que vamos nos encontrar em quatro anos? Sei lá, o furibundo tá pra casar, ali em Fortaleza, logo a ordem é "vamos ao casório em Fortaleza! Uhu". O mané só tem q avisar antes pra eu ter tempo de me organizar.

E a vida segue.