Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Coisa dumas 2h do dia 16, no Rio já seriam 3h, o vôo baixou na capital baiana. Era correr pra ver dava pra tomar o tal avião que partia para Maceió.

Vou lembrar por muito tempo... O sujeito da companhia aérea que devia cuidar o despacho dos passageiros falou "é só correr, o vôo tá esperando vocês, já tá partindo". Bobo esse Vicente, né, acreditou. Chegando na área de embarque... o tal vôo que já estava partindo tinha previsão de decolagem às 3h.

Melhor! Indo pra Aracaju. Ei? Aracaju não tava nos planos, o destino era Maceió! "Ah, senhor, é que o vôo para Maceió já partiu, mas existe um em Sergipe que espera esses passageiros aqui".

Mais uma vez dei crédito. E me lasquei. Uma hora esperando para fazer Salvador - Aracaju. Ridículo o vôo. Subiu e desceu para o percurso de 25 minutos. Mas... Chegando na simpática cidade sergipana vem outro sujeito da companhia áerea dizer que o tal vôo que eu queria já havia partido.

Ahn?

E o próximo de Aracaju para Maceió saria às 12h.

Ahn?

Como assim? Por que então aquele bunda suja fez questão de me embarcar lá em Salvador? Deixasse pernoitar, ora. Com todo respeito, era mais interessante ficar na terra dos orixás do que em Aracaju.

Aí descobriu-se que éramos nove loucos tentando ir pra Alagoas. Nove loucos que estavam amanhecendo em uma outra cidade que nem estava nos planos.

Por mim tomava-se um táxi, pago pela companhia aérea, claro, pra vir pra cá. A maioria deu piti, queria dormir em um hotel.

O relógio marcava algo perto de 5h.