Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Com a pança cheia de pão conseguimos embarcar... Chegamos a Maceió às 14h do dia 16. Ah, uhn... com 14 horas de atraso, né? Valeu aê.

Ah, mas não acabou! Agora entra a melhor das histórias no estilo "ser mané é". O telefone e o endereço de Victor estavam no meu celular. E quem disse q ele funcionava? Quem disse que eu ia conseguir pegar os contatos do cara?

Derrooooooooooooooooooota sinistra.

Após ter vencido essa primeira fase, digamos, aérea pra chegar, ai, ai, como fazer pra chegar à casa do camarada? Sentei no meio-fio, com o mochilão nas costas e fui pensar na vida, na morte da bezerra, em uma solução divina.

Mas sabe como é, Deus protege bêbados, crianças e o Vicente.

Lembrei que ele havia enviado um e-mail há meses com o celular dele. Bastaria apenas encontrar um cyber-café nos arredores e ligar pro figura.

Fui me informando sobre o aeroporto, não fica em Maceió, mas em Rio Largo, uma cidade ao lado, pro bairro onde o sangue bom mora dá quase 30 km. Ih, tava era ficando bão. Sem endereço, o cara não sabia q horas eu chegava, não estava na cidade certa e não tinha como falar com ele.

No segundo andar, lá no canto do lado direito havia um cyber. Eu poderia usar o computador por meia hora por módicos dez reais. Baratinho q só. Ah, mas eu tinha direito a tomar uma cerveja, um água ou um refrigerante. Ah, tá. Fui na geladeira e só tinha Ixquin. Sorte!!! Arregacei as mangas e caí dentro daquela que tem cerveja com tequila. Ai, ai, ai, muchacho! Já que tava lascado mermo que mal ia fazer?

Fui procurar os e-mails. Quem disse que site funcionava? Nâo, não é exagero. Quem disse que a página do Yahoo carregava?

É sério! Eu juro que é sério, não tô valorizando o perrengue. Não tinha como eu procurar. A josta não carregava. Após breves instantes de um quase pânico joguei lá na busca o nome do sujeito e pintaram as mensagens que trocamos por e-mail. Sabia q aparecia um resuminho da mensagem.

E não é que o telefone do sujeito não tava naqueles breves resuminhos? Ah, muleque!!!

Anotei no verso do bilhete da passagem e fui ligar. Victor atendeu, ele já tinha dúvidas se eu chegaria mesmo... Haha. Cheguei. Em meia hora lá estava o maluco para o carreto. Ufa. Enfim pude dizer que havia chegado a Maceió.