Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Beco das Sardinhas

O Rio de Janeiro tem certos pontos que se tornam peculiares por algumas características. O Beco das Sardinhas, no Centro da cidade é, na antiqüíssima rua Miguel Couto, entre o Largo de Santa Rita e a Rua do Acre, é um desses locais. Esse trecho reúne uma série de botecos especializados na venda de sardinhas, reunindo uma razoável quantidade de boêmios-pós-trabalho para tomar algumas cervejas após o expediente.

O ritual básico é sentar-se à mesas dispostas no meio do que foi a rua em tempos passados e hoje é um calçadão, talvez seja melhor dizer que é uma simples calçada. A culinária local gira totalmente em volta dos tais peixes. Em dada oportunidade, eu que não me emociono com os “frangos marítimos” (como um dos bares se refere às sardinhas) pedi uma porção de batatas fritas. Nada mais clássico do que batatas fritas pra dar um tapa na orelha da fome em mesa de bar. E não é que as batas vierem com gosto de sardinha? Hmmmm.... Diliça. Fritaram no mesmo óleo em que fritam os peixes. Ingenuidade achar que teria uma frigideira só pra “não-peixes”.

Não sei se a fome tava muito cruel, mas nem achei ruim.