Outro dia caminhava eu para pegar o metrô no fim do expediente. Estava parado no sinal que cruza a Rio Branco, no cruzamento com a Presidente Vargas. Eu estava do lado da Praça Mauá olhando indócil o sinal q insistia em permanecer vermelho.
Pra melhorar ainda chovia. Diliça.
Uma voz, q partiu do lado esquerdo, perguntou ‘o senhor me leva até o outro lado quando o sinal abrir?’
Puts, um ceguinho me pedia ajuda. Fiquei todo preocupado, eu nunca havia ajudado um ceguinho. E lá fui eu todo prestativo. Ricardo era o nome do sanguebão. Foi lá ele segurando no meu braço esquerdo. Atravessamos a rua e ele perguntou se eu não iria até a estação do metrô da Uruguaiana. Ceguinho cagão, rapá. Não é q eu ia naquele dia? Fomos lá.
Caminhamos pelas esburacadas calçadas da Avenida Presidente Vargas até a rua Uruguaiana onde atravessamos as quatro pistas da tal avenida. Eu ia narrando quando descia meio-fio e quando subia meio-fio, quando vinha gente na direção e até na chegada à escada rolante. Fiquei com medo de estar dando informação demais, mas melhor errar por excesso do que por falta, né.
No caminho ele começou a falar de Copa. Legal ver as impressões dele. Eram bem próximas da minha. E aí, Ricardo lembrou algo que eu não tinha imaginado. Falando de oitavas-de-final da Copa do Mundo, comentei que deveria voltar ao trabalho depois do jogo. Ele não curtiu muito a idéia e perguntou “se o jogo for para a prorrogação e para os pênaltis?” Pois é. E se o jogo for para os pênaltis? Isso vai entrar pela tarde adentro. E, pior, vai deixar os nervos em frangalhos pra voltar a trabalhar. Sei não, hein.
Já dentro da estação, pedi pra ele esperar perto da roleta pq eu iria comprar minha passagem e ele me respondeu q não precisava “vc pode passar como meu acompanhante”. Ah, é? E lá fui eu tirando onda de acompanhante do camarada ceguinho.
Já na plataforma, antes mesmo de vir um ruído o bicho falou “o trem vai chegar”. Ahn? Ele disse q sentiu a vibração dos trilhos. Ah, não segurei e ainda tive q dar uma zoada de leve no camarada.
Pra melhorar ainda chovia. Diliça.
Uma voz, q partiu do lado esquerdo, perguntou ‘o senhor me leva até o outro lado quando o sinal abrir?’
Puts, um ceguinho me pedia ajuda. Fiquei todo preocupado, eu nunca havia ajudado um ceguinho. E lá fui eu todo prestativo. Ricardo era o nome do sanguebão. Foi lá ele segurando no meu braço esquerdo. Atravessamos a rua e ele perguntou se eu não iria até a estação do metrô da Uruguaiana. Ceguinho cagão, rapá. Não é q eu ia naquele dia? Fomos lá.
Caminhamos pelas esburacadas calçadas da Avenida Presidente Vargas até a rua Uruguaiana onde atravessamos as quatro pistas da tal avenida. Eu ia narrando quando descia meio-fio e quando subia meio-fio, quando vinha gente na direção e até na chegada à escada rolante. Fiquei com medo de estar dando informação demais, mas melhor errar por excesso do que por falta, né.
No caminho ele começou a falar de Copa. Legal ver as impressões dele. Eram bem próximas da minha. E aí, Ricardo lembrou algo que eu não tinha imaginado. Falando de oitavas-de-final da Copa do Mundo, comentei que deveria voltar ao trabalho depois do jogo. Ele não curtiu muito a idéia e perguntou “se o jogo for para a prorrogação e para os pênaltis?” Pois é. E se o jogo for para os pênaltis? Isso vai entrar pela tarde adentro. E, pior, vai deixar os nervos em frangalhos pra voltar a trabalhar. Sei não, hein.
Já dentro da estação, pedi pra ele esperar perto da roleta pq eu iria comprar minha passagem e ele me respondeu q não precisava “vc pode passar como meu acompanhante”. Ah, é? E lá fui eu tirando onda de acompanhante do camarada ceguinho.
Já na plataforma, antes mesmo de vir um ruído o bicho falou “o trem vai chegar”. Ahn? Ele disse q sentiu a vibração dos trilhos. Ah, não segurei e ainda tive q dar uma zoada de leve no camarada.
<< Home