Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

terça-feira, dezembro 06, 2005

Por conta de coisas assim vou ver o sectário rótulo de “samba de raiz” cair. Por quê? Porque todo samba tem raiz, um ou outro pode até ser mais pop, mais estilizado, mas ainda é samba. E volto a me perguntar se o Chico Buarque faz samba de raiz? O fato de ele fazer bom samba não quer dizer que tenha raiz de sambista. Mas, como todo o respeito, Chico não faz samba de raiz e faz bom samba.

Essas cabecinhas têm que entender que samba é samba, que não adianta só cultuar os feitos no passado pq existe gente fazendo coisa boa hoje, coisa atual, com poesia, com crônica social, só que fora dos padroes que eles chamam "samba de raiz" e que, por isso, nao teria qualidade.

Tudo bem, mas algumas idas a Oswaldo Cruz dentro do trem e esse rolo estará desfeito.