Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, novembro 23, 2005

Os veículos da PM fluminense têm me dado medo

Além dos tenebrosos caveirões, tenho tido medo de andar próximo às viaturas da Polícia Militar. Pode parecer frescura, mas o estado dos carros é deplorável. Dá pena, parecem amontoados de lata sobre rodas.

Deparar-se com um deles durante a noite equivale a um susto. Sempr estão com todas as suas luzes apagadas. No início dessa semana, um camburão entrou na minha frente vindo... do nada. Era noite, e a viatura estava completamente apagada. Vi que pertencia ao 4º Batalhão, ops, aqui é área do 14º Batalhão. Longe de mim perguntar o que os policiais faziam a uns 20 quilômetros da área que deveriam patrulhar...

Bom, ultrapassei o veículo dos papa mikes e conforme ia me adiantando, ia vendo o terrível estado da frente do carro. O pára-brisa tinha enormes rachaduras e dois largos buracos redondos que pareciam ter sido feitos por tiros. Diliça, hein. Imagino o perrengue que deve ser trabalhar assim.

Um colega, tb jornalista, mas que algumas vezes cobre madrugadas nos indefectíveis plantões contava que ouvia pelo rádio da polícia um pedido de ajuda sui generis, os policiais pediam pelo rádio outro carro que tivesse um estepe. Tinham um pneu furado e nada para por no lugar...

É triste ver, sem contar que isso tem influência direta na ação da Polícia.

Será que nao rola uma verbinha pra manutençao desses carros? Os Garotinhos podiam usar menos dinheiro em propaganda pessoal e mais no que atinge em cheio a vida do cidadãozinho fluminense, né.