Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, agosto 08, 2005

Já descrente da prestatividade do ser humano, um reboque passou e escostou. Mas aí eu já havia sido comunicado q um outro havia sido solicitado. Dispensei.

Passou tanto tempo. Era só tempo e carros e mais tempo e ônibus e muito mais tempo e ônibus passando. Tudo passando. E o tal do meu reboque? Passava? Claro q dão.

Pensei na vida. Nas contas. No Flamengo. No Lula. No Roberto Jefferson. No Celso Roth. No bem-estar. Na alegria. Tb pensei q podia ser pior. Podia estar chovendo. Podia estar frio. Podia estar frio e chovendo.

Enquanto eu pensava... Seu Carlos, Dona Glória e Irmão-Léo surgem heróicos para salvar o manezão aqui.

"Ué, o reboque nao chegou?". Bom ouvir isso... Como assim? Nao chegou? Não só nao havia chegado como eu mesmo havia dispensado um q havia parado.

O mané q vazou deixou o cartão. Ligamos.

Enquanto isso, dois carros permaneciam parados na beirinha da Brasil...