Simpático? Sim, mas nem tanto
Robertão - sempre ela, essa mulher é quase um oráculo - mandou o texto do Ximenes Braga por e-mail. Custa nada reproduzir aqui. Eu procuro ser sempre simpático, é verdade, mas tem horas que nao rola. Ximenes escreveu sobre uma nota publicada no jornal no meio dessa semana.
Enviado por João Ximenes Braga - 28/7/2005 - 11:47
Alô simpatia
Eu desconfio muito de pesquisas científicas. Uma semana provam que
alface cura câncer, na outra que alface causa câncer. Mesmo sem levar
a coisa muito a sério, é reconfortante ver uma pesquisa comprovar uma
"tese" que já defendi numa crônica.
A notícia abaixo saiu ontem no Globo On sob o título "Simpatia
excessiva pode ser anomalia cerebral". Adorei. A questão é: quando sai
uma pesquisa provando que chocolate faz bem à saúde, acaba-se
descobrindo que ela foi financiada por alguma associação de
fabricantes do produto. Quem terá financiado está pesquisa contra
simpáticos???
A íntegra da nota: "Pesquisa mostra que uma anomalia cerebral torna
pessoas extremamente simpáticas e sociáveis e sem medo de estranhos:
são os portadores da síndrome de Williams. Este foi o resultado de um
estudo em cérebros feito por cientistas do Instituto Americano de
Saúde Mental. Os pesquisadores usaram exames de ressonância magnética
para identificar as áreas que não responderam apropriadamente quando
os pacientes viram fotos de rostos assustadores. Os pacientes da
síndrome de Williams têm cerca de 21 genes a menos no cromossomo sete
e, como conseqüência, não têm medo de estranhos em situações sociais,
mas têm, com freqüência, forte ansiedade em relação a outros medos,
como o de altura ou de aranhas. A equipe de cientistas americanos
concentrou os estudos na amígdala, uma estrutura em formato de amêndoa
no cérebro que registras as emoções primitivas do ser humano e dispara
em situações semelhantes, por exemplo, de perigo, regulando ainda o
comportamento social. Os pesquisadores também identificaram três áreas
do córtex pré-frontal que não se comportaram de maneira normal nos
portadores da síndrome de Williams: a área do dorso lateral, ligado às
motivações sociais que regem uma interação; a área mediana, associada
à empatia e à regulação de emoções negativas e a região
órbito-frontal, que está envolvida na determinação de valores
emocionais a uma situação.A condição afeta cerca de uma em cada 25 mil
pessoas. O trabalho foi publicado na revista 'Nature Neuroscience'".
Robertão - sempre ela, essa mulher é quase um oráculo - mandou o texto do Ximenes Braga por e-mail. Custa nada reproduzir aqui. Eu procuro ser sempre simpático, é verdade, mas tem horas que nao rola. Ximenes escreveu sobre uma nota publicada no jornal no meio dessa semana.
Enviado por João Ximenes Braga - 28/7/2005 - 11:47
Alô simpatia
Eu desconfio muito de pesquisas científicas. Uma semana provam que
alface cura câncer, na outra que alface causa câncer. Mesmo sem levar
a coisa muito a sério, é reconfortante ver uma pesquisa comprovar uma
"tese" que já defendi numa crônica.
A notícia abaixo saiu ontem no Globo On sob o título "Simpatia
excessiva pode ser anomalia cerebral". Adorei. A questão é: quando sai
uma pesquisa provando que chocolate faz bem à saúde, acaba-se
descobrindo que ela foi financiada por alguma associação de
fabricantes do produto. Quem terá financiado está pesquisa contra
simpáticos???
A íntegra da nota: "Pesquisa mostra que uma anomalia cerebral torna
pessoas extremamente simpáticas e sociáveis e sem medo de estranhos:
são os portadores da síndrome de Williams. Este foi o resultado de um
estudo em cérebros feito por cientistas do Instituto Americano de
Saúde Mental. Os pesquisadores usaram exames de ressonância magnética
para identificar as áreas que não responderam apropriadamente quando
os pacientes viram fotos de rostos assustadores. Os pacientes da
síndrome de Williams têm cerca de 21 genes a menos no cromossomo sete
e, como conseqüência, não têm medo de estranhos em situações sociais,
mas têm, com freqüência, forte ansiedade em relação a outros medos,
como o de altura ou de aranhas. A equipe de cientistas americanos
concentrou os estudos na amígdala, uma estrutura em formato de amêndoa
no cérebro que registras as emoções primitivas do ser humano e dispara
em situações semelhantes, por exemplo, de perigo, regulando ainda o
comportamento social. Os pesquisadores também identificaram três áreas
do córtex pré-frontal que não se comportaram de maneira normal nos
portadores da síndrome de Williams: a área do dorso lateral, ligado às
motivações sociais que regem uma interação; a área mediana, associada
à empatia e à regulação de emoções negativas e a região
órbito-frontal, que está envolvida na determinação de valores
emocionais a uma situação.A condição afeta cerca de uma em cada 25 mil
pessoas. O trabalho foi publicado na revista 'Nature Neuroscience'".
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