Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, agosto 08, 2005

Acreditanto q realmente chegaria algum socorro voltei pro carro. Já estava escuro. O pisca-alerta de Ervilhão continua lá, firme e forte, avisando a todos q vinham pela pista q ele tava lá. Mesmo assim, vários foram os manés q tiraram finos do meu guerreiro carro verde.

Sentado, acreditando na bondade humana, num socorro. Q alguém pudesse ajudar... Veio um sujeito ali de baixo, da comunidade. "Aí, parceiro, quer um mecânico? Tenho um camarada, o Cabeludo, é só chamar q ele dá as caras aqui. Mas, ó, fica esperto. Dá mole aqui nao q é perigoso". Pois é, eu tinha noçao q era perigoso, mas o q me restava fazer?

Passou mais tempo. Veio um tio carregando um bolsa de plástico. Encostou perto de mim e falou uma língua incompreensível. Acho q ele sugeriu q eu deixasse ele tomando conta do carro. Ahan. Prestativão. Como eu ja'tinha ido lá embaixo mesmo nem teve caô, joguei a verdade. Nao precisava.