Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

É a inguinoraça...

Tive q escutar esses dias "a melhor bateria é a da Mangueira, não tenho dúvida". Eu, do alto da minha humildade, discordei. Não é a melhor. É uma bateria muito boa, assim como a da Mocidade, da Ilha, da Viradouro, da Portela, da Império Serrano, da Unidos da Tijuca, da Caprichosos, do Salgueiro, da Vila, da Estácio de Sá, da Beija-flor e por aí vaí.

Aí vem a vozinha de quem tudo sabe em samba e diz:" ah, mas só ela tem aquela batida". Eu, já numa me tornar um ogro, respondi q me dava sono. E, sinceramente, não vejo graça no surdo sem resposta da Mangueira. É uma proposta da escola. Não faz com que seu desfile desande nem nada, mas não me parece legal, ora. Só não venham me dizer q "as escolas estão perdendo a tradição, só a Mangueira é q a cultiva". Esse discursinho repetido insistentemente pela mídia me irrita. Se a mesma vozinha dona da verdade e sabe-tudo do carnaval se aproximasse um pouquinho q fosse do mundo do samba veria q o tal discurso "somos a tradição, somos comunidade" da referida escola não é tão sustentável assim.

Puts, todo carnaval tenho q escrever uma parada assim? Mas tb pudera, sempre tem uma alma sebosa impregnando meus ouvidos. Haja saco. Em tempo, não disgosto da tal escola aí, tiro o chapéu, admiro e curto o desfile, só não a acho a maioral do samba, p q nao é. É a maioral do marketing, mas do samba? haha. Num é mermo.

Inclusive, planos para 2005, desfilar lá para deixar Dona Glória feliz.