Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, abril 02, 2004

Filhinho da mamãe

Tá marcado. Às 14h30 estarei eu no cardiologista, vou levar os resultados dos exames pra ele me dizer q nao tenho nada e q foi só piti desse coração furibundo. Só q Dona Glória, a progenitora, já avisou: vai junto. Fala sério, né. Um moleque de 27 anos ir ao médico com a mamãe é muuuuuuuuuuuiiiiiiiiito derrota. Derrota demais.

Fui reclamar com Seu Carlos, o progenitor, q tirou o seu da reta. "Ela sempre vai comigo ao cardiologista. Há anos vai junto". Seu Carlos ainda contou q uma vez q foi sozinho o médico que falou com ele naquele já conhecido ar de deboche carioca: "o q houve? ganhou a liberdade? olha, se o senhor quiser eu faço um atestado dizendo q o senhor esteve aqui pra ela nao pegar no seu pé".

Pois é, filhinho da mamãe Vicente está fadado a aturar isso...