Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, janeiro 02, 2004

E o reveilão, hein? Que perrengue macho

Já sabendo q o perrengue era grande fui pra Copa. Dei as caras na casa do meu amigo Luciano onde estavam Bené, sua respectiva e filho. E depois corri literalmente até o ponto onde havia marcado com outras figuras. Nas condições normais de temperatura e pressao, eu faria o trajeto em 15 minutos. Só reveilão em Copa não está nas CNTP. Levei meia hora pq toda parava por conta de rios de gente q chevam a praia.

Resultado: quando deu meia noite cheguei ao ponto de encontro. Não achei ninguém. Fiquei lá tomando um skolzinha e vendo os fotos. A bibas a meu lado (quer dizer, como tinha biba, acho q todas as do mundo estava em Copa) se beijavam e dançavam. Fiquei quase em frente ao Cristo Redentor q surgiu em uma das balsas. Vi a cascata de fogos do Meridian e tal.
Só achei a queimas tá ficando muito demorada. Qq dia nego vai ficar estourando fogos até o sol raias. Tem-se q ter bom senso...

Meia hora depois encontrei as personagens com quem havia marcado. Legal, né. Bom, nem tao legal. Elas cismaram de ver o show do Lulu Santos. Logo de quem, meu Deus! Nada é mais lamentável pra mim no pop brasileiro q o Lulu. MInto, a Rita Lee tb está no mesmo patamar. O q fazer? Optar por ficar sozinho e assistir ao show do Jorge Aragao q rolava em um palco ou o dos Los Hermanos q rolava no outro? Como tinha sido difícil encontrá-las fiquei. Fiquei de costas pro palco pq nao ia perder o meu tempo vendo aquele péla-saco.

Foi a primeira e última vez que presenciei (nao assisti) uma apresentação desse senhor desnecessário.

Diria q o primeiro bom momento do ano foi quando o show do citado se encerrou. Q alívio. Aí sim começou a diversão. No mesmo palco entrou a bateria da Beija-flor de Nilópolis, com direito ao Neguinho mandando ver. O som nao estava bom, mas como eu sabia boa parte dos sambas e sambar é algo q muito me agrada.... mesmo cansado me diverti.

Acabada apresentação da Beija-flor ainda rolou uma caminhada até o Leme onde rolava a Grande Rio. E nao é q a bateria da escolad e Caxias é boa à vera? O puxador é o Wander Pires, q parece ter um ovo na boca. Era da Mocidade. Ainda bem q vazou. Cara ruim.

Já passava das 4h da manhã quando acabou o show. Q pena, mesmo quase sem pernas eu ficaria sambando ate´o sol sair.

Só q pra voltar pra casa.... Dava medo dos onibus, todos lotados. Mò galera esmagada dentro deles. O q fazer? Sentar, tomar cerveja e esperar tudo amainar. NO fim das contas o vazare só foi realizado as 6h30. Peguei um onibus em pé até o Castelo onde peguei ele, sempre ele, o 393... Bom, no fim das contas cheguei em casa as 8h do dia primeiro, com o sol já alto.

O fato de ser sido perrengue nao me fez pensar q foi ruim. O fato de ter ficado no show do Lulu foi verdadeiramente ruim. Mas as escolas de samba da baixada salvaram minha noite. O saldo foi positivo.