Notas
Tirei da coluna Gente Boa, do Globo.
I love Jacarepaguá
Jacarepaguá também tem auto-estima e, às vésperas de completar 410 anos, quer se livrar do estigma de subúrbio da Barra. A subprefeitura prepara livro de luxo sobre a história da região, organiza calendário de festas ao ar livre e espalha galhardetes pelas ruas dizendo “Sou mais Jacarepaguá”.
Nem precisa dizer q quero um livro desses, né.
O Pavarotti de Copacabana
Moradores da Avenida Atlântica têm parado à noitinha para ver e ouvir da janela a cantoria do gari Valério da Silva Ribeiro, 42 anos. Apesar de ser conhecido como “Gari Pavarotti”, ele não sabe quem é nem nunca viu foto do tenor italiano. Valério, também tenor, diz que sente o tempo passar mais rapidamente quando canta as canções de letras inventadas por ele que falam do cotidiano ou louvam a Deus — o gari, claro, é evangélico. Valério provoca a turma que trabalha nos restaurantes da Atlântica com letras que caçoam dos garçons, que estão apenas começando o trabalho, enquanto ele já está indo para casa, em Campo Grande, às 22h. Às vezes, um ou outro segurança de alguma loja mais chique reclama das músicas de Valério: “Não estou nem aí. Meu silêncio, só depois das 22h.” O “Gari Pavarotti” nunca estudou música e acalenta o sonho de gravar um CD.
É impressionante, como tem sempre gari rendendo história. Os caras são um poço de criatividade.
Tirei da coluna Gente Boa, do Globo.
I love Jacarepaguá
Jacarepaguá também tem auto-estima e, às vésperas de completar 410 anos, quer se livrar do estigma de subúrbio da Barra. A subprefeitura prepara livro de luxo sobre a história da região, organiza calendário de festas ao ar livre e espalha galhardetes pelas ruas dizendo “Sou mais Jacarepaguá”.
Nem precisa dizer q quero um livro desses, né.
O Pavarotti de Copacabana
Moradores da Avenida Atlântica têm parado à noitinha para ver e ouvir da janela a cantoria do gari Valério da Silva Ribeiro, 42 anos. Apesar de ser conhecido como “Gari Pavarotti”, ele não sabe quem é nem nunca viu foto do tenor italiano. Valério, também tenor, diz que sente o tempo passar mais rapidamente quando canta as canções de letras inventadas por ele que falam do cotidiano ou louvam a Deus — o gari, claro, é evangélico. Valério provoca a turma que trabalha nos restaurantes da Atlântica com letras que caçoam dos garçons, que estão apenas começando o trabalho, enquanto ele já está indo para casa, em Campo Grande, às 22h. Às vezes, um ou outro segurança de alguma loja mais chique reclama das músicas de Valério: “Não estou nem aí. Meu silêncio, só depois das 22h.” O “Gari Pavarotti” nunca estudou música e acalenta o sonho de gravar um CD.
É impressionante, como tem sempre gari rendendo história. Os caras são um poço de criatividade.
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