Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, agosto 04, 2003

No fim da semana passada recebi uma imagem que me fez lembrar de um episódio antigo, antigo. Aconteceu comigo e com minha amiga bangüense (que não mora mais em Bangu) Patrícia há vários anos. Caminhávamos pelo Centro do bairro, estávamos na direção no prédio onde a menina mora, a distância era menos de 100 metros até a portaria.

Ela morava na Praça da Fé, quase atrás da igreja de Santa Cecília, meio que a matriz de Bangu. Já em frente a sede do Bangu Atlético Clube, falávamos de qq coisa quando uma parada branca caiu no cabelo dela. Coitada. Na qualidade de adolescente moleque fiz graça, nem fiz muita, mas fiz graça. Pô levar uma cagadinha de pombo quase na porta de casa é azar, né.

Blogue, imagina só um acontecimento desses com um adolescente vaidosa? Ela achou o fim do mundo. E é a melhor hora pra fazer molecagem e pegar no pé da criança.

Após deixá-la lá, peguei o meu rumo. Caminhei para o meu Parque Leopoldina, quinhão bangüense que habito, ruminando o ocorrido até que um furingudo do pombo mirou no meu quengo e vlau! Tava eu carimbado com mais cocô de pombo que a pobre Patrícia. Azar? Castigo? Sei lá. Depois disso parei de brincar com cagadas de pombo.

E a imagem que me trouxe a história a cabeça foi esse: