Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, junho 26, 2003

E o Santos?

Pô, ontem comecei a ver o jogo torcendo amarradão pelo Boca. A simples idéia de ver Leão campeão da Libertadores me deixa fulo. Mas foi só ver alguns instantes pra me pegar torcendo pelos paulistas. Pô, mesmo com o péla-saco do Leão como técnico os moleques são brasileiros e tem até uns assim da minha cor, né. Como torcer por um bando de branquelos com sobrenome italiano? Nada contra os branquelos nem contra os descendentes de italianos, mas eu tenho mais a ver com os camaradas de Santos.

Pena foi ter visto que a molecada não teve sorte contra o Boca. Os portenhos jogaram menos, mas fizeram mais gols. E desde quando me entendo por gente, ganha quem faz mais gols. O time branco tocou, tocou e tocou, mas nao entrou pouco na área dos argentinos. Robinho jogou nada e Diego apanhou muito. O que dizer do Alex? Foi um dos maiores moles que já vi um zagueiro dar numa final de campeonato aquela furada na cara do Fábio Costa. Inclusive, o Fábio Costa nao é isso tudo, nao hein. É grandão, tem mó presença, mas falta reflexo. O primeiro e o segundo gols sofridos por ele mostram isso.

Acho algo meio complicado o time praiano reverter a parada em São Paulo, mas o grande barato do futebol é que isso é plenamente possível. Logo, assistirei o jogo amarradão.

Mas uma coisa me deixou feliz. Hoje pela manhã fui, obviamente, ler os jornais argentinos. Ver o que falavam do jogo de ontem. E não é que elogiaram o time do Santos e falaram da sorte argentina. Sinistro é ler que estão a meio caminho do título, o que nao é mentira. Se quiser, olha lá no
Clarín e no Página 12.


Imagem roubada do Arnaldo.