Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, abril 03, 2003

O mijão

Um senhor bem arrumado, vestindo terno bege, meio assutado e procruando ser discreto, mijava hoje, por volta das 14h, bem na praça atrás da Igreja da Candelária. Eu voltava do almoço quando notei o dito cujo de costas para praça, parado com as mãos na altura da cintura enquanto um líqüido suspeito escorria perto dos pés dele. Ih, o cara, aí.

Isso não seria algo tão grave numa sociedade mijona como a carioca (é só beber umas cervejas e estar longe de um banheiro q qq árvore, parede ou poste vira mictório), só que a praça fica entre as pistas da Avenida Presidente Vargas, quase no Centro nervoso do Rio e onde centenas de pessoas circulavam para seus escritórios após o horário de almoço. E nada do coroa se tocar. Mas bem que ele podia ter procurado uma birosquinha, um restaurante... alguma coisa próxima que permitisse a liberação da sua bexiga.