Salve Bangu!!!
Essa matéria me foi mostrada pela Tuninha e resolvi postar. É bem legal. Foi publicada no O Globo de hoje.
Histórias de Bangu contadas em praça pública
Fadua Matuck
Rio - Bangu já viveu dias de glória, como na época em que a fábrica de tecidos do bairro estava no auge. Hoje, o bairro é conhecido por abrigar o maior complexo penitenciário do país, mas muitos moradores não sabem exatamente a história do lugar onde vivem. A fábrica ainda é a principal referência, mas funciona com apenas 20% da capacidade e produz tecidos como tricoline organdi e organza. Como parte do projeto ''Uma rua conta sua história'', serão inaugurados amanhã, na Praça da Fé, em frente à Igreja de São Sebastião e Santa Cecília, seis paineis de 2,70 m cada, lembrando os bons tempos do bairro.
Com o apoio da prefeitura, as pesquisadoras Marta Klagsbrunn e Susane Worcman, da Associação Cultural de Estudos Contemporâneos (Acec), além do museu a céu aberto instalado na praça, pretendem lançar no começo do próximo ano, um livro, em estilo almanaque, e um site, com o levantamento histórico do bairro. De acordo com Susane, a idéia é que o projeto se estenda à todas as ruas e praças que mereçam ter suas origens relembradas.
Os marcos da memória, como são chamados os painéis de vidro com base de tijolos que estampam com fotos, máscaras de carnaval, mapas e textos, a história e os principais acontecimentos de Bangu desde sua fundação, serão permanentes, como um presente para os moradores. Eles foram criados por Raimundo Rodrigues, artista plástico membro do grupo Imaginário Periférico, formado por artistas moradores do subúrbio carioca.
- Cada rua terá um produto próprio, mas todas terão um marco definitivo para contar aos futuros moradores, mas também aos vistantes e turistas, a história daquele lugar - diz Susane.
Quando começaram a estudar a história de Bangu, as pesquisadoras se surpreenderam. Susane conta que a impressão que tinha era de um bairro quente e distante. Mas acabou descobrindo um bairro cheio de história, com belas casas e um povo cordial. O Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos é hoje o guardião das imagens e dos depoimentos que testemunham a formação e o crescimento da região.
- Sabia que Bangu era um bairro quente e que tinha uma penitenciária. Estive várias vezes lá para agrupar material e conhecer o lugar, e nem vi o Complexo de Bangu - afirma.
Para contar a história, as pesquisadoras tiveram que voltar no tempo, em 1889, quando a Companhia Progresso Industrial do Brasil, a famosa Fábrica Bangu, foi criada, começando assim a urbanização do bairro. O carnaval, uma disputa entre o Flor da Lira e o Flor da União, e o futebol, com o Bangu Athletic Club, também fazem parte das lembranças dos habitantes.
- Acreditamos que o projeto ajudará a reconstruir as origens e os acontecimentos marcantes de ruas e lugares importantes da cidade, mas também trará aos habitantes uma outra relação com sua rua.
Essa matéria me foi mostrada pela Tuninha e resolvi postar. É bem legal. Foi publicada no O Globo de hoje.
Histórias de Bangu contadas em praça pública
Fadua Matuck
Rio - Bangu já viveu dias de glória, como na época em que a fábrica de tecidos do bairro estava no auge. Hoje, o bairro é conhecido por abrigar o maior complexo penitenciário do país, mas muitos moradores não sabem exatamente a história do lugar onde vivem. A fábrica ainda é a principal referência, mas funciona com apenas 20% da capacidade e produz tecidos como tricoline organdi e organza. Como parte do projeto ''Uma rua conta sua história'', serão inaugurados amanhã, na Praça da Fé, em frente à Igreja de São Sebastião e Santa Cecília, seis paineis de 2,70 m cada, lembrando os bons tempos do bairro.
Com o apoio da prefeitura, as pesquisadoras Marta Klagsbrunn e Susane Worcman, da Associação Cultural de Estudos Contemporâneos (Acec), além do museu a céu aberto instalado na praça, pretendem lançar no começo do próximo ano, um livro, em estilo almanaque, e um site, com o levantamento histórico do bairro. De acordo com Susane, a idéia é que o projeto se estenda à todas as ruas e praças que mereçam ter suas origens relembradas.
Os marcos da memória, como são chamados os painéis de vidro com base de tijolos que estampam com fotos, máscaras de carnaval, mapas e textos, a história e os principais acontecimentos de Bangu desde sua fundação, serão permanentes, como um presente para os moradores. Eles foram criados por Raimundo Rodrigues, artista plástico membro do grupo Imaginário Periférico, formado por artistas moradores do subúrbio carioca.
- Cada rua terá um produto próprio, mas todas terão um marco definitivo para contar aos futuros moradores, mas também aos vistantes e turistas, a história daquele lugar - diz Susane.
Quando começaram a estudar a história de Bangu, as pesquisadoras se surpreenderam. Susane conta que a impressão que tinha era de um bairro quente e distante. Mas acabou descobrindo um bairro cheio de história, com belas casas e um povo cordial. O Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos é hoje o guardião das imagens e dos depoimentos que testemunham a formação e o crescimento da região.
- Sabia que Bangu era um bairro quente e que tinha uma penitenciária. Estive várias vezes lá para agrupar material e conhecer o lugar, e nem vi o Complexo de Bangu - afirma.
Para contar a história, as pesquisadoras tiveram que voltar no tempo, em 1889, quando a Companhia Progresso Industrial do Brasil, a famosa Fábrica Bangu, foi criada, começando assim a urbanização do bairro. O carnaval, uma disputa entre o Flor da Lira e o Flor da União, e o futebol, com o Bangu Athletic Club, também fazem parte das lembranças dos habitantes.
- Acreditamos que o projeto ajudará a reconstruir as origens e os acontecimentos marcantes de ruas e lugares importantes da cidade, mas também trará aos habitantes uma outra relação com sua rua.
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