Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, dezembro 16, 2007

Semana passada lá fui eu a universidade falar da minha pesquisa, aquela mesma que está dando origem à minha dissertação. Vivo meio sem pai nem mãe porque não conheço – e calha de ninguém conhecer também – pesquisas no mesmo sentido. Vou indo, aos trancos e barrancos, batendo cabeça, mas tentando avançar com o trabalho. Ao falar do que venho levantando com o passar do tempo vejo as reações de “uau, que legal”. A impressão que posso falar qualquer coisa que a galera, que só conhece meu objeto de estudo beeeem supercialmente, acredita. Vi isso em alguns congressos onde falei da pesquisa e me observam como se eu estivesse futucando algo sensacional. Sei lá, acho algum exagero. Também pudera, a academia parece olhar com certo nojinho pro meu objeto – nada mais do que as escolas de samba do Rio de Janeiro. A impressão é que se olha como algo menor. E aí vou eu procurando respostas de coisas ligadas a esses grupos carnavalescos que eu pensava a algum tempo e vou me deparando com essas reações. Confesso, é esquisito.