Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, julho 02, 2006

Que frustração

Ontem fui ver o jogo na Ilha, na quadra da União da Ilha, com camarada Baltar, morador do bairro, sambista e diretor da escola. Fui acreditando que veria um bom jogo, uma boa vitória e ficaria por lá ao som da conhecida bateria local.

A festa tava montada, assim como em todo os lugares desse país. Tudo pronto, todos de amarelo e cheios de esperança. Só faltou combinar com a Seleção. Que frustração. Se ao menos o time tivesse tido hombridade, vontade vencer a gente ficaria com uma sensação melhor. Algo tipo “correram atrás, mas não deu”. Pena foi ter visto os azuis fazendo um carnaval. Vitória incontestável.

Eu não tenho mais saco pra perder da França. Não tenho. Prefiro perder da Argentina. Tudo começou nas Olimpíadas de 1984. Brasil com a medalha de prata, França com a de ouro. Aí vem 1986, rodamos nas quartas-de-final. Com mais hombridade, é verdade, mas perdemos nos pênaltis. Ainda veio a estranhíssima final de 1998 e, agora, essa josta de jogo. P q o Brasil virou freguês desses caras??? Saco.

Nem quero ficar culpando ninguém, embora a liberdade poética do torcedor permita. Só sei que fiquei fulo, frustrado, decepcionado. Foi o famoso jogo em que a Seleção Brasileira, conhecida e reconhecida pro ser – ao menos individualmente – a melhor do mundo, não entrou em campo.

Triste é a impressão que se perdeu para a soberba. Os caras acharam que venceriam na hora que quisesse. Pois é, pena que o jogo acabou e não quiseram ganhar.

Torcedor safado que sou vou torcer agora na final da Copa do Brasil... e esperar por mais quatro anos e, quem sabe, ir até a África do Sul...