Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Na tarde de hoje fui tentar resolver algumas coisas pelo Centro do Rio. Fui a três pontos durante o q seria minha hora de almoço. Do último lugar resolvi tomar um táxi, já estava perto de uma hora e meia q eu estava fora do escritório. Tomei um TX, vulgo táxi.
O motorista, longe de ser simpático, fui futucando a luz que mostrava a quantidade de gás que existia em seu tanque. Parecia hipnotizado pelas luzinhas desse mostrados. Os sinais se abriam e ele ficava com o carro parado, mais interessados na luzinhas.
Chegando ao prédio onde trabalho puxei a carteira e lhe mostrei a nota sequinha de 50 real que nela morava. O senhor taxista fez cara de mal e resmungou "não tenho troco". Ah, tá. E daí? Vou ter q me virar pra pagar, né?
Saí do carro, fui a uma banca de jornal. Nada. Corri pra outra banca. Tb nao rolava. Fui ao mercadinho do lado. Xi, as duas caixas fizeram expressão de "nao tenho". Atravessei a rua, fui a uma lanchonete onde sempre como alguma coisa. Outra negativa. Já desmotivado fui na birosca da frente. E não é q o português do caixa trocou a onça sem reclamar?
Corri de novo pra pagar o mané do taxista turrão. Cheguei no carro. Ôpa! Não era o mesmo. O coroa tinha desistido e vazado. Puts, bem feito, quem manda ser taxista mané? Fiz a corrida de graça, embora tenha corrido atrás pra pagar. Caloteiro é a mãe, eu sou honesto, o motorista q tinha q ter mais jogo de cintura.