Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Chacoalhar dentro de um avião não é meu hobby favorito. Ontem, na volta para o Rio, o avião que tomei atrasou que foi uma festa por conta da chuva na capital paulista. Má como choveu. Chovia e ventava.
Após os quase 40 minutos de atraso, com todo mundo sentadinho nas suas respectivas poltronas, lá foi o avião. Assim que ele tomou distância, acelerou e começou a subir, já no fim da pista, o coração acelerou e as mãos ficaram suadas. Eu só repetia para mim mesmo "valha-me Nossa Senhora".
E não foi que a aeronave decolou em meio a nuvens que vez por outra se iluminavam com descargas eléticas?
Quando a viagem já parecia tranquila o grande susto fez o favor de surgir. O avião começou a tremer. Tremia tudo, tudinho. Foram eternos segundos de turbulência que me deixaram paralisado. Com as mão molhadas de suor e a boca seca. Engraçado como rola uma rapidíssima sensação de pânico com o pensamento de "vou morrer". Ainda bem q passou logo, o piloto chegou no Santos Dumont e peguei o caminho de Bangu. Eu, hein.