Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Emoções de um domingo

Chuva. Fla-Flu. Poças. Polícia. Adrenalina de sobra nesse domingão que chega ao fim.

Partia mais cedo para o Maracanã, rumava para o estádio para acompanhar o primeiro Fla-Flu do ano, partida válida pelo campeonato do Estado do Rio. O Flu lá na frente da tabela, a gente lá embaixo, mas e daí? Fla-Flu é Fla-Flu, chega a ser sagrado. É o clássico mais bonito que existe. Só indo para entender.

Pra ficar melhor, ainda ia levar o camarada Daniel, argentino e torcedor do Boca Junior, namorado de amiga Kelly, a que morava em Buenos Aires. O citado argentino deu abrigo ao Vicente na capital argentina durante minhas férias ano passado. Custava nada recebe-lo bem aqui.

Só que tinha q cata-lo em Duque de Caxias. Mole pra gente. Mole se não tivesse a chuva.

Q chuva foi essa?

Justo na hora em que cheguei na Brasil ela caiu de sola. Má caiu com aquela vontade de alagar.

A situação era tão complicada que os carros passavam por essa, que é a principal via expressa carioca. Uma fila indiana seguia com todos os veículos com suas luzes de alerta ligados.

A impressão era que a chuva cobria até parte das rodas tamanha era a quantidade de água.

Pelo retrovisor via um céu absolutamente escuro, um céu noturno, mas sem estrelas. O detalhe é que ainda eram 17h, no horário de verão.

Mesmo com os limpadores de pára-brisa na velocidade máxima a visibilidade não chegava a cinco metros. Pra melhorar, o jogo começaria às 18h...

Liguei para outro camarada, Jacomido, que já tava pelo Maracanã que me garantiu que tava tudo seco. Com essa informação me enchi de coragem e segui em frente, para passar em Caxias e depois rumar para o Maracanã.